Thursday, March 27, 2008

Tentando definir

Mas quem me ensina a admirar a diferença
que existe em outro povo, outra vida, outra crença ?
Todos presos dentro da mesma doença
Com medo de olhar pro que não é igual

Trecho da música 'NEGRO'
Megarex



Alguns acontecimentos nas últimas semanas, de alguma forma, me incentivaram (para não dizer que me desafiaram) a definir de uma vez por todas qual é a minha fé, minha crença, minha religião.

Não é que eu esteja em busca de uma certeza, de uma verdade. Penso que estou mesmo é tentando encontrar fundamentos para a manutenção das minhas dúvidas. Isso mesmo, tenho dúvidas e prefiro continuar com elas, não tenho interesse em respondê-las.

Eu entendo que, com o nível de conhecimento que a humanidade atingiu, o mundo atual é incapaz de provar o que as religiões, teístas ou ateístas, insistem em afirmar. Também não quero dizer que estou limitada ou fechada em um único argumento. Pelo contrário. Sinto-me aberta para tentar entender, aceitar e, sobretudo, respeitar, todas as teorias que chegam aos meus ouvidos.

Mas admito, minha abertura refere-se mais à curiosidade em saber o que as pessoas têm a dizer, para, ao entender suas crenças, entendê-las melhor também como seres humanos. Não sinto que serei convertida ou influenciada.

Se uma pessoa afirma que sua fé removeu montanhas (metafóricas ou não), eu vou admirá-la por isso. Se uma pessoa diz que vive tranqüila cada dia de sua vida, pois sabe que o fim está próximo e Jesus a salvará, eu a admiro igualmente. Se outra diz que Deus não existe e prefere acreditar que nada rege sua vida, eu também a admiro.

Mas quanto a mim? O que me faz viver? Com tantas indefinições, a pergunta permaneceu ecoando por dias. Então resolvi pesquisar, procurar por gente que pensa como eu. E encontrei, e defini.

Minhas fontes talvez não sejam as mais confiáveis, mas foi onde eu encontrei maior identificação: orkut e Wikipedia.

Sou agnóstica. E a frase que melhor define a minha crença transcrevo abaixo:


O agnóstico, à primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade. Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência. (...)

O agnosticismo não é um meio-termo entre teísmo e ateísmo, se classifica de acordo com um critério diferente. Teísmo e ateísmo separam aqueles que acreditam num deus daqueles que não acreditam. O agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão não pode penetrar o reino do sobrenatural daqueles que defendem a capacidade da razão de afirmar ou negar a veracidade da crença teística.


Existem categorias para o agnosticismo, claramente definidas pela Wikipedia: Agnosticismo estrito ou forte, Agnosticismo empírico ou suave, Agnosticismo apático, Ignosticismo, Agnosticismo modelar. Contudo, o que melhor a Wikipedia pode definir para o meu agnosticismo, é justamente no trecho em que ele não é rotulado:

Existe também a associação de agnóstico com aquele que crê em uma força maior, mas não se detêm a uma religião específica, apenas respeita a mágica que governa o universo.


Não há muito mais a dizer. O post foi grande, e acho que tudo está bem claro. Ao menos para mim. Pretendo saber mais, seguir em minha busca. E continua sendo mais por curiosidade do que por qualquer outra razão.

Beijos!

Tuesday, March 25, 2008

Não é porque eu quero. É porque eu preciso.

VOU TIRAR VOCÊ DO DICIONÁRIO
Zélia Duncan
Composição: Itamar Assumpção e Alice Ruiz


Eu vou tirar do dicionário
a palavra você
vou trocar-lá em miúdos

Mudar meu vocabulário
e no seu lugar
vou colocar outro absurdo

Eu vou tirar suas impressões
digitais da minha pele
Tirar seu cheiro dos meus lençóis
o seu rosto do meu gosto

Eu vou tirar você de letra
nem que tenha que inventar
outra gramática

Eu vou tirar você de mim
assim que descobrir
com quantos "nãos" se faz um sim

Eu vou tirar o sentimento
do meu pensamento
sua imagem e semelhança


Vou parar o movimento
a qualquer momento
procurar outra lembrança

Eu vou tirar, vou limar de vez sua voz
dos meus ouvidos
Eu vou tirar você e eu de nós
o dito pelo não tido


Eu vou tirar você de letra
nem que tenha que inventar
outra gramática

Eu vou tirar você de mim
assim que descobrir
com quantos "nãos" se faz um sim


"Tudo que você disser
deve fazer bem
Nada que você comer
deve fazer mal"

"Eu quero as mulheres
que dizem sim
e que não tem vergonha
de ser assim


Eu quero as mulheres
que dizem sim
E quem não tem vergonha..."

Wednesday, March 12, 2008

Meu presente é o presente

27 anos. Quanto tempo passou... Quanto eu já vivi. Tantas confusões, resoluções, tempestades, calmarias. Situações que me orgulharam e outras das quais me arrependi.

Olho ao redor e percebo onde cheguei, onde queria estar. A comparação é inevitável e eu chego a ensaiar certa frustração pelo que não me tornei. Mas sou vencida pela alegria e satisfação de ter chegado até aqui.

Penso também no que há pela frente. Tantas possibilidades, oportunidades, descobertas, experiências, aprendizados. De fato, o futuro me vem como uma folha em branco, um terreno baldio e plano, onde eu poderei construir o que eu quiser.

E no meio disso tudo tenho o dia de hoje, essa hora, esse minuto. Que me trazem o reflexo do que se passou e o anúncio do que virá. Fazendo juz ao trocadilho, é esse o presente que Deus nos dá todos os dias.

E especialmente hoje eu o recebo como um novo ciclo, um re-início. A nova idade me traz também um novo ânimo. E não me preocupo tanto com os caminhos que vou escolher. Importo-me mais em permanecer tranqüila e feliz durante a caminhada.

É sim um feliz aniversário :)

Sunday, March 09, 2008

Uma pausa e muitas expectativas

Eu estava me guardando para este fim de semana. Pelos meus planos eu deveria estar neste momento nas estradas do estado do Rio de Janeiro, de volta pra casa, após a prova do concurso da PETROBRAS.

Dessa vez eu havia decidido dedicar o tempo que fosse possível para estudar visando esta prova. Durante um mês seguido eu estive em meio a livros, apostilas, exercícios, vídeos, sites e, mais importante do que qualquer material, dois grandes amigos: Wesley e Jeferson. Não medimos esforços para nos ajudarmos e essa parceria foi realmente o que mais marcou os dias de estudos.

E foi quando estávamos fazendo nosso último simulado, a poucas horas de nosso embarque, que recebemos a notícia de que o concurso havia sido suspenso. Primeiramente parecia um boato. Foi difícil acreditar. Mas na medida em que as horas foram passando, os sites de notícias mais confiáveis divulgavam detalhes da decisão judicial e do futuro deste concurso. Realmente nada era oficial, mas tudo levava a crer que não haveria mais prova, mesmo.

Na dúvida, preferimos cancelar as viagens. O único que decidiu ainda viajar foi o Jeferson, já admitindo que, qualquer coisa, curtiria o fim de semana em Recife.

Somente no sábado a noite tivemos a certeza do cancelamento, quando a CESPE e a PETROBRAS se pronunciaram. Menos mal. Pelo menos tomamos a decisão certa. Agora é continuar esperando e se preparando para a próxima data a ser definida.

E eu admito que deixei muitas coisas em stand-by, para resolver após o concurso. Decisões, ações, emoções... Até o blog ficou em silêncio. Né? Mas dessa vez foi por uma justa causa...

Aliás. Prometi que meus posts serão mais curtos de agora em diante, na intenção de torná-los mais freqüentes e menos sacais. Será que consigo?

Beijos e até a próxima!