Tuesday, November 21, 2006

Carpinejar fala por mim. Fala por nós...

Não há o que dizer, pois tudo já está escrito...

AMOR NÃO É CARIDADE
Fabrício Carpinejar

http://www.carpinejar.blogger.com.br/

Não ame um homem por compaixão. Não ame um homem porque ele ficou ao teu lado enquanto quem desejava ia. Não ame um homem para não ficar isolada. Não ame assim, sem amor, por uma segunda chance. Por tédio. Para passar o tempo. Por respeito. Para esperar acompanhada.

Tenha coragem de deixá-lo sozinho, de encarar a verdade. Não maltrate sua esperança. Não o torture com a promessa de que pode dar certo. Não dá certo o que não pode dar errado.

Ame para conhecer, não conheça para amar. O amor é violento mesmo quando temos controle sobre ele. O amor é um excesso que retira a possibilidade de viver pequeno.

Não ame um homem porque ele foi leal, o único que a ouviu, a aconselhou, a compreendeu. Isso é amizade que pode estar no amor, mas não é amor. Amor tem mais pele do que osso. Osso se guarda na terra. Já a pele cheira-se com insistência para contrariar o esquecimento.

Não ame um homem por recompensa, pois ele aguardou que os outros fossem embora. O final de festa é cansaço.

Não ame um homem por caridade (sua ou dele). O corpo não é uma esmola.

Não ame um homem para dizer que os outros não prestam. Por vingança. Para mostrar o que é um homem.

Não ame por educação. Um homem amado desse jeito se sentirá menos homem no futuro. É rebaixar o homem. Acovardá-lo com atenuantes. É conter a ambição dos braços, a curiosidade das pernas.

Não ame um homem por acomodação. Perca a vida, mas não a chance do homem que procura.

Amor não se convence. Não se enraíza com argumentos. Não começa pela cautela. Amor é a falta de prevenção. Não se faz discutindo, amor se faz precisando.

Não ame um homem porque ele é o ideal e não a fará sofrer. Prevenir a dor é combater o que pode consolá-la. Não ame um homem pelo simples fato dele estar disponível e atender seus chamados com facilidade. Não ame por conveniência. Para se exibir. Para não pensar mais nisso.

Ame um homem que não nasceu de uma consolação, que não partiu de indicação dos amigos, que não seja a cara do seu pai. O que é melhor para você nem sempre é amor.

Ame um homem que seja apertado, como o jeans que se fecha apenas quando se deita.

Que seja natural como uma distração, que não seja uma distração.

Que seja um homem brigado por dentro. Um homem duvidado, dividido. Um homem impossível. Posto sempre à prova.

Não ame um homem que não seja inteiramente seu homem.



E eu hei de encontrá-lo...

Monday, November 06, 2006

Obrigada!

Antes eu estava com uma certa resistência em mencionar-lhe aqui já que ele não gosta muito de ser citado em blogs, flogs e afins... Mas creio que ele não vai achar ruim ver seu nome estampado n'O Caçador de Borboletas. No mínimo, irá me perdoar quando perceber a minha boa intenção.

Luiz David "Farpado" Campêlo, muito obrigada pelo apoio, pela companhia, por me deixar contar com você mesmo nas situações mais complicadas. Como já te falei mais de uma vez, não sei como poderei retribuir sua ajuda naqueles dias tão adversos.

David foi a primeira pessoa em que pensei depois do ocorrido descrito no post anterior. Em plena madrugada, ele saiu do seu merecido sossego e veio até minha casa. Foi a pessoa que me apoiou do início ao fim da história. Me levou na delegacia para fazer o B.O., me acolheu em sua casa para que eu não dormisse no traumático apartamento, ajudou na mudança no fim de semana seguinte e me acalentou com belas palavras para que minha mente esquecesse do terror.

Já li em algum lugar que a palavra "obrigada" é uma forma abreviada da expressão "sinto-me obrigada a retribuir o bem que você me fez".

David, o meu "obrigada" é assim: completo. Não é abreviado.