Re(in)trospectiva

2005 foi o ano das experiências, das tentativas, das chances (segundas, terceiras, indefinidas) e oportunidades (agarradas e perdidas), mas também foi a busca pelo equilíbrio, por algo definitivo para reger minha vida, meus desejos:

- Mudei de emprego duas vezes. Caí e levantei em diversos momentos oscilando entre a satisfação do dever cumprido, e a sensação da mais completa incompetência. Apesar desse desequilíbrio, sinto que atingi uma certa maturidade profissional. E, no campo financeiro, consegui fechar o ano sem contas no vermelho, não devo nada a ninguém. O próximo passo é poupar, e buscar sonhos de consumo mais arrojados: minha casa, meu carro... Porque não?

- Fui eleita presidente do CA da Engenharia de Produção da UFC, o que me aproximou muito mais do mundo acadêmico, me tornou mais assídua às aulas da faculdade, me fez participar com entusiasmo dos eventos e movimentos dos alunos do curso. Mesmo assim, essa presença constante não me livrou da reprovação em uma das cadeiras no primeiro semestre, nem está impedindo que a gestão do CA necessite de mais dedicação.

- Os amigos de sempre me premiaram com a riqueza de sua companhia durante o ano inteiro. E muitos outros surgiram, ressurgiram... Reais e virtuais, alguns acompanharam fases e viagens, e tiveram importância semelhante à intensidade com a qual compartilhamos os momentos. Outros permaneceram e entraram para minha "lista de ouro da amizade" (uma lista invisível, com vontade própria, e que se acende em minha mente a cada vez que reconheço alguém que está nela).

- A música e a poesia coloriram meu lazer. Fui inebriada por Florberla Espanca, Drummond, Augusto dos Anjos, Cecília Meireles, Alan Mendonça, Drica Montenegro, Wilton Matos, Quinteto Kháos, Parandy, Jord Guedes, Caravana Cultural, Água de Quartinha, Kapruk, Rosa Reis, Chico César, Belchior, Coda, Coletânea, Zonazul, Engenheiros do Hawaii, O Teatro Mágico, Los Hermanos, Ceará Music, Festa Vinte e Poucos Anos, Picanha Amoda, Chopp do Bixiga, Órbita, Hey Ho!, Dragão do Mar, e tantos outros lugares, eventos, saraus e shows que esta Fortaleza recebeu... Foi tudo muito animado, mesmo!

- E o coração... Ah! Esse meu coração continua o mesmo. Cheio de inconstâncias, dúvidas, erros, casos mal resolvidos. Mas também se encheu de alegria, de bons momentos compartilhados, aproveitados ao lado de pessoas que estarão para sempre marcadas em mim. As mágoas (se é que existem) ficaram para trás. Esse mesmo coração me fez chorar e sorrir, me fez entender e depois complicou tudo de novo. Mas me ensinou mais uma vez a amar, amar de uma forma mais livre, mais plena... E me amar, como certa vez entendi alguém dizer: "amar o próximo como a si mesmo".


E em 2006? A pergunta fica no ar. Mas a verdade é que eu sinto que este não é para mim o ano da "virada" da "reviravolta".

Parece que meu desejo foi atendido e estou ganhando a continuidade que pedi. Mudanças vão acontecer, afinal, elas são a única constante. Mas permanecerei com a mesma essência, e seguirei em busca da âncora que me leve, que me prenda...

Beijos!